Da Redação
De 6 a 12 de abril ficam abertas inscrições para três novos cursos da Escola Itaú Cultural. Estudos para Cenas Elétricas, comandado pela atriz, professora, pesquisadora e diretora Juliana Jardim, traz uma investigação sobre teatro online. Mediação Cultural Contemporânea, criado pelo núcleo de Educação e Relacionamento da instituição, conta com a participação de 13 professores de diferentes áreas, que discutem esse tema em diversos contextos. Entreolhares Arte e Algoritmo, desta vez é coordenado pela artista Rejane Cantoni e reflete pela primeira vez sobre o futuro do passado, dentro do qual trata de como arquivar obras digitais. Esses dois últimos cursos estão na sua segunda edição. As inscrições para todos devem ser feitas via formulário em escola.itaucultural.org.br.
Entreolhares Arte e Algoritmo – Futuro do Passado
Desafios da criação, manutenção, preservação da arte algorítmica on-line e off-line são algumas das questões que norteiam o curso Entreolhares Arte e Algoritmo em sua segunda edição, agora com a temática Futuro do Passado. As aulas acontecem de segunda-feira a quarta-feira, nos dias 3 a 5 e 10 a 12 de maio, e em 17 e 18 do mesmo mês (segunda e terça-feira). Focado no fazer, coloca em perspectiva as práticas, teorias, estratégias e as ferramentas de manutenção, preservação, colecionismo e monetarização da arte nato-digital.
Serão compartilhadas ideias de artistas, instituições e acadêmicos em redes mais amplas, derivadas de conversas com o artista Rafael Lozano Hemmer, a curadora e artista Isabelle Arvers, o comunicólogo, pesquisador, professor e curador Leno Veras e a CEO e cofundadora da Cohart, plataforma global para explorar o mundo da arte, movida pela conexão humana, Kendall Warson. Todos também ministram aulas, assim como Rejane Cantoni.
O curso está estruturado em dois eixos de estudo, em encontros que se intercalam: Laboratório de ideias concentra-se no desenvolvimento de projetos a partir de uma metodologia de trabalho; Experimentos, por usa vez, tem como foco o compartilhamento das experiências de artistas e curadores de referência na área, tratando de outros dois temas principais: arquivo e difusão. Ao final, os alunos são convidados a apresentar suas ideias, fortalecendo possíveis redes de atuação e construções colaborativas.
São 50 vagas para pessoas interessadas nas interseções entre arte, design, tecnologia e ciência, com diferentes níveis de experiência e formação, de qualquer disciplina. A carga horária prevista é de 20 horas, divididas em 16 horas ao longo de oito encontros on-line ao vivo, e quatro horas previstas para a leitura dos conteúdos complementares e o desenvolvimento de atividades propostas aos alunos. Os selecionados serão divulgados no site do Itaú Cultural no dia 19 de abril.
O Entreolhares é um programa de formação em artes visuais desenvolvido pelo núcleo de Artes Visuais da organização, com início em 2014. Promove encontros, workshops, palestras e imersões entre artistas e outros profissionais da área com o público explorando processos criativos e a troca de experiências.
Estudos para Cenas Elétricas
Um curso com 12 aulas-experimentações, de 4 de maio a 20 de julho, às terças-feiras, das 19h às 22h, que não insiste na saudade do palco. São encontros de estudos para ações e cenas em modo remoto, aulas com exposições temáticas, análises sobre obras ou recortes delas, leituras, observações, conversas e experimentações práticas online ou fora do tempo de conexão de cada aula.
Os temas abordados são: ação, eixo da cena – acepções, sentidos, práticas –, fragmentação entre cena e público; ensaio, experiência e exercício; as lógicas de composições de montagens e edições; o modo de ser do público; tecnologias e a eletricidade da vida no modo remoto.
As 28 vagas são direcionadas para pessoas de dentro e de fora da cena, como atores, diretores, cenógrafos, cineastas, montadores, artistas visuais, performers, dançarinos, escritores. O resultado dos selecionados será divulgado no dia 28 de abril.
Além de Juliana Jardim, os alunos terão como professores o dramaturgo e pesquisador Luiz Pimentel, o montador de longas e curtas-metragens Renato Sircilli e a poetisa, tradutora, slammer, cantora e compositora Tatiana Nascimento.
Mediação Cultural Contemporânea
Proposta criada pelo núcleo de Educação e Relacionamento do Itaú Cultural, este curso pensa a mediação cultural partindo dos conceitos conhecidos e presentes no cotidiano da área, além de revisitar paradigmas, compartilhar e debater práticas contemporâneas, e discutir a problemática que envolve o educador em diferentes contextos.
As aulas acontecem de 25 de maio a 20 de julho, sempre às terças-feiras e quintas-feiras, das 18h às 21h. A carga horária é de aproximadamente 57 horas, com atividades síncronas e assíncronas. A inscrição para a seleção do curso é gratuita, como todas elas, individual e aberta a educadores, artistas, pesquisadores e estudantes em geral. São oferecidas até 40 vagas.
Em sua segunda edição, depois de receber 935 inscrições, na primeira, e selecionado 40 pessoas, o projeto tem como objetivo refletir sobre o papel do educador, considerando diferentes perspectivas e locus de atuação; investigar as múltiplas possibilidades de mediação em diferentes contextos e formatos e incentivar o participante a elaborar suas próprias práticas de mediação, utilizando não só os conteúdos compartilhados, mas também suas próprias vivências e pesquisas.
Os temas abordados nos encontros são a relação da medição com as artes visuais, a leitura, artes cênicas, ciência, culturas locais em contexto rural e urbano, educação museal e formal, ambiente virtual, infância, acessibilidade, antirracismo e descolonialidade, e a terceira idade.
Treze professores ministram o curso: Everson Melquiades, arte-educador, ator e professor; Bel Mayer, educadora social, gestora da Rede LiteraSampa, integrante da Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias e coordenadora do Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário (Ibeac); Ave Terrena, dramaturga, poeta, atriz, performer, diretora teatral e professora na Escola Livre de Teatro de Santo André (SP); Márcia Fernandes, professora de ciências naturais e chefe técnica da Seção de Atividades Educativas do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo; Fabiana Barbosa produtora cultural, oficineira e assistente social; Gleyce Kelly Heitor, educadora e pesquisadora; Cléo Pereira, produtora cultural e influenciadora do empreendedorismo periférico.
Ainda, participam Renata Felinto, artista visual e professora adjunta da Universidade Regional do Cariri (Urca/CE); Renato Gama, criador e produtor do coletivo Sá Menina, musicoterapeuta, compositor e cantor; Gandhy Piorski, artista plástico, pesquisador e teólogo; Daina Leyton, com experiência na área de artes, com ênfase em educação artística; Claudinei Roberto da Silva, artista visual, curador e professor de educação artística pelo Departamento de Arte da Universidade de São Paulo (USP); e Celina Dias Azevedo, docente no curso Fragilidades do envelhecimento: gerontologia social e atendimento, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), e assessora da Gerência de Estudos e Programas Sociais do Sesc São Paulo.
Escola Itaú Cultural em 2021
Este é o ano de consolidação da Escola Itaú Cultural, que, desde sua inauguração, no fim de 2020, já recebeu 6.239 inscrições oriundas de todos os estados do país, nos seis cursos disponibilizados até agora, deles 4.876 estão matriculados. Gratuita, como todas as atividades da organização, ela pode ser acessada, de forma acolhedora, fácil e intuitiva no endereço escola.itaucultural.org.br.
A gama de cursos planejados para o decorrer do ano envolve todos os Núcleos da organização, tornando essa grade ampla e diversa. Para se ter uma prévia dos programas que serão disponibilizados, o Núcleo de Educação e Relacionamento planeja, por exemplo, os cursos de Mediação Cultural Contemporânea 2021 e História do Brasil e das Artes; Enciclopédia, está construindo História do Corpo Brasileiro na Dança; Audiovisual e Literatura planeja levar para a plataforma o EAD Projeções – Linguagem e processos criativos no Cinema Brasileiro Contemporâneo, entre outros que abordam mediação na literatura e crítica de cinema, Observatório realiza cursos que relacionam arte e algoritmos e produção cultural. Artes Visuais entra com três diferentes edições, ao longo do ano, de EntreOlhares e uma formação em história da arte. Por sua vez, Infraestrutura e Produção voltará com outro curso – este, de produção de eventos – e Acervo de Obras de Arte organiza um programa dedicado a museologia.
Os cursos são apresentados nos formatos a distância e híbridos (online/presencial), auto formativos e mediados, pós-graduação, extensão de formação acadêmica e universitária e livres. Aqueles que frequentarem, no mínimo, 75% das aulas receberão certificado nas múltiplas modalidades. Todos eles são voltados para as diversas áreas de atuação cultural da organização, reafirmando o seu foco na arte e na cultura no Brasil.
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