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Equipe de exploradores chegou a região nesta segunda-feira, 17, para iniciar mapeamento da área | Divulgação
Turismo

Expedição chega ao Rio Cassiporé em busca de novas ondas de Pororoca

Da Redação

Betral

O encontro do Rio Cassiporé com o Oceano Atlântico, no Cabo Orange, extremo norte do Estado é o ponto de partida da Expedição Parque das Pororocas, organizada pela Associação de Velejadores do Amapá – Avap e Associação Brasileira de Turismólogos e Profissionais de Turismo, seccional Amapá – ABBTUR-AP. A equipe de exploradores chegou a região nesta segunda-feira, 17, para iniciar o mapeamento de uma área de 600 quilômetros de extensão da costa do Amapá, em missão de reconhecimento das potenciais pororocas que irão compor o projeto.

Nesta etapa será realizada análise técnica da onda localizada no município de Oiapoque, entre a Vila Velha e a foz, num trajeto de 50 km de rio. O estudo vai avaliar as condições para a prática de surf na pororoca, canoagem, stand up paddle e kitsurf, visando como produto final ações de fomento ao turismo de aventura que integre o circuito do Parque. Esse, de acordo com os idealizadores é o principal objetivo da expedição que reúne mais dez pontos onde ocorrem o fenômeno na costa amapaense. O radar inclui uma pororoca nas terras indígenas de Uaça, também no Cabo norte, mais duas no Rio Flexal, no município de Amapá e mais uma no arquipélago do Bailique.

“A expedição no Caissiporé é o marco inicial do projeto. Hoje temos conhecimento de pelo menos dez pontos na costa do Estado do Amapá, onde a pororoca acontece, e nossa intenção é organizar essas informações para criarmos, em parceria com a iniciativa privada e poder público, o Parque das Pororocas. Assim, poderemos usufruir da pororoca o ano inteiro.”, Jim Daves, presidente da Avap.

Os profissionais de turismo que integram o grupo farão aproveitamento dos dados do mapeamento para elaborar proposta de roteirização de viagens para turistas nacionais e internacionais, com vivências na comunidade da Vila Velha e visitações em locais estratégicos ao longo do leito rio.

O explorador e guia de turismo da secretaria de Estado do Turismo – Setur, Sandro Borges, aponta que entre as possibilidades de desenvolvimento do ecoturismo estão previstas a aplicação do turismo de base comunitária, com treinamento de receptivo para moradores locais, turismo de experiência e turismo de aventura.

“No mínimo já idenficamos quatro atividades promissoras para trabalhar a geração de emprego e renda através do ecoturismo na região, que são ações de políticas públicas previstas no plano estratégico da Setur. Ganha a comunidade, os turistas e profissionais envolvidos” ,afirma o técnico.

Aventura

A experiência da imersão na floresta em busca de trilhas de aventura já faz parte da vida do explorador, Helder Lima. Viajante mochileiro, Helder só conhecia a pororoca pelas mídias e acreditava que o fenômeno tivesse terminado no Amapá.

“Não dá para viver na Amazônia e não aproveitar o melhor que há nela, que é essa diversidade de vida pulsante. Conhecer novas comunidades e está imerso na floresta já vale muito, imagina praticando esportes e nos conectando com esse universo de corpo e alma. A pororoca não acabou, e essa caçada em busca da onda é uma experiência única”,declarou.

Para a presidente da AABBTU-Ap, Alessandra Nunes, a expedição acontece num momento propício para alavancar o ecoturismo e desmitificar a ideia de que a pororoca no Amapá terminou.

“A AVAP trouxe essa informação sobre uma possível nova rota da pororoca, por isso estamos dando continuidade as visitas técnicas na região, buscando oportunidades e experiências para estimular as atividades turísticas identificadas na expedição. Assim podemos mapear, classificar e aplicar as atividades ecoturistica de forma sustentável e segura “, relatou.

A proposta da expedição também chamou atenção de empresários aventureiros que investem no setor do ecoturismo. Franco Montoril e Francisco Pytter fizeram questão de participar da construção do projeto.

 

A proposta da expedição também chamou atenção de empresários aventureiros que investem no setor do ecoturismo. Franco Montoril e Francisco Pytter fizeram questão de participar da construção do projeto desde a etapa embrionária.

“Já estamos no circuito de ecoturismo e aventura há alguns anos no estado, dentre as experiências radicais que tivemos, o surf na pororoca é algo impressionante e com um grande potencial econômico e social, pois envolve muita gente no processo de visitação”, afirmaram.

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