O Governo do Estado do Amapá foi reconhecido pelo esforço para se tornar zona livre de aftosa com vacinação, o que contribuiu na declaração do Brasil como país livre da febre aftosa com vacinação. O anúncio foi feito durante a 86ª Sessão da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) que está acontecendo em Paris, na França.
Durante o encontro, o Amapá recebeu o reconhecimento, junto com os estados de Roraima, Amazonas e Pará, para que o país fosse declarado como livre da doença em toda a extensão territorial. Em dezembro de 2017, foi assinada a Instrução Normativa que reconhece o Amapá como zona livre de aftosa com vacinação.
A delegação do Amapá, na França, está sendo coordenada pelo diretor-presidente do Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro), José Renato Ribeiro, que considera o reconhecimento, a coroação de um trabalho intenso realizado nos últimos anos para alcançar o novo status sanitário no setor. “Essa conquista foi graças ao esforço de profissionais médicos veterinários, zootecnistas, pecuaristas e toda a equipe técnica do Estado, que deu o apoio necessário para que pudéssemos atingir essa marca”, frisou.
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, destacou que esse processo envolveu a aplicação de muitos recursos, investimentos na capacidade dos serviços veterinários oficiais, na vigilância e em campanhas de vacinação.
“O reconhecimento agora, pela OIE, do pleito brasileiro de ampliação da zona livre de febre aftosa com vacinação, envolvendo os estados do Amazonas, Amapá, Roraima e parte do estado do Pará, completa um ciclo. Temos muito a comemorar e homenagear todos que lutaram nessa batalha. Mas o desafio não termina aqui”, adiantou o ministro.
Maggi falou que a próxima etapa será o Brasil atingir o status de país livre de aftosa sem vacinação. O Estado do Amapá foi o último a ser certificado como livre da aftosa com vacinação, mas será um dos primeiros a ser reconhecido como área livre sem vacinação. O ministro afirmou que, após reconhecimento internacional, o programa de retirada da vacina iniciará pela região Norte.
Entre as lideranças amapaenses presentes no encontro, também estão, o presidente da Associação dos Criadores do Amapá (Acriap), Jesus Pontes, e o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Amapá (Faeap), Iraçu Colares.
Potencial econômico
O Estado do Amapá possui, hoje, o segundo maior rebanho bubalino do país, com 341 mil cabeças. O rebanho bubalino é, também, chamado de ‘Ouro Negro’, por conta do alto valor comercial dos derivados do leite e corte de carnes.
A certificação agrega valor ao produto, ao quilo da carne, da arroba do boi na fazenda, melhora a comercialização, estimula mais produtores a investirem no Estado do Amapá e estimula o produtor local a investir na sua propriedade, no melhoramento genético, na reprodução animal, resultando no aumento da produção”.
Em seu discurso, o ministro Blairo Maggi analisou a importância do setor agropecuário na economia, influindo positivamente na balança comercial, na geração de emprego e renda, e contribuindo para o controle da inflação e melhoria das condições de vida da população.
Com o reconhecimento, o Brasil passa a ter uma grande possibilidade de abertura de mercado, possibilitando que o próprio Amapá faça parte desse ciclo. “Com investimentos na criação de uma indústria frigorífica adequada, o Estado tem uma expectativa muito grande de produção e comercialização do produto”, ressaltou o diretor-presidente da Diagro.
Repercussão nacional
A repercussão da qualidade do produto amapaense é notável. A Associação Brasileira de Criadores de Búfalo do Rio Grande do Sul convidou o Amapá para a 40ª Expointer, considerada a maior feira a céu aberto da América Latina, que ocorrerá entre agosto e setembro de 2018, onde as últimas novidades da tecnologia agropecuária e agroindustrial estarão expostas, juntamente com as mais modernas máquinas, o melhor da genética e as raças de maior destaque.
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