Cleber Barbosa, da Redação
A fronteira do Brasil com a Guiana Francesa, estabelecida pelo Rio Oiapoque, pode ter um incremento das visitas regulares de brasileiros em território francês e vice-versa. Mais de uma década depois de ficar pronta, a enorme estrutura ainda carrega a pecha de ligar o nada a lugar nenhum, coisa que as autoridades tanto de lá quanto de cá planejam mudar.
Durante a 6ª Reunião do Conselho do Rio Oiapoque, representantes do Governo do Amapá e da Guiana Francesa debateram propostas de cooperação para diversos setores, entre eles, o meio ambiente. Entre os acordos, está a construção de um plano de reciclagem sustentável com a coleta e tratamento de resíduos sólidos.
No evento, também foi assinado o acordo que dá continuidade ao projeto Bio-Plateux. A segunda fase prevê a implementação de um observatório operacional para a gestão dos recursos hídricos dos rios Oiapoque e Maroni, que separam a Guiana Francesa, respectivamente, do Brasil e do Suriname.
Na ocasião, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) apresentou as principais iniciativas de educação ambiental e comunicação a serem realizadas na região. Também foram compartilhadas informações sobre o Plano Estadual de Recursos Hídricos e o diagnóstico dos recursos hídricos do Amapá, com ênfase na bacia do Rio Oiapoque.
Convivência – Além de demandas de meio ambiente, foram debatidas junto com a sociedade civil sugestões para saúde e economia, que serão submetidas à avaliação dos governos brasileiro e francês ainda em 2024, na 13ª Reunião da Comissão Mista de Cooperação Transfronteiriça (CMT), que será realizada em Macapá. Na fronteira entre o Amapá e a Guiana Francesa vivem aproximadamente 32 mil pessoas, com a maioria, cerca de 26,6 mil habitantes, residindo em Oiapoque, no extremo norte do estado, e cerca de 3 mil em Saint Georges.
Compartilhe:
Deixe Seu Comentário abaixo: