Cleber Barbosa, da Redação
Atuando no Amapá desde 2010, a mineradora Beadell Brasil LTDA anuncia expansão da mina de ouro que mantém em Pedra Branca do Amapari. O anúncio foi feito durante audiência de representantes da empresa com o governador do Amapá, Waldez Góes, nesta quinta-feira (6,) no Palácio do Setentrião. O encontro de trabalho serviu para reforçar o apoio mútuo. Recentemente, a empresa reinvestiu em sua planta de exploração, o que só foi possível com melhorias elétricas feitas pelo estado, na região. O momento, ainda, foi de nivelar sobre demais avanços e pretensões de investimentos futuros.
O chefe do Executivo estadual considerou que a empresa gera muitos empregos na região e fomenta a economia. Além de ser a demonstração do esforço do estado, desde 2015, em recuperar a credibilidade da atividade de mineração no Amapá, dando apoio aos empreendimentos existentes e gerando condições fiscais para que novos sejam atraídos.
Expansão das atividades
O gerente-geral da Beadell no Amapá, Fábio Batista, destacou que o diálogo permanente e apoio técnico do governo, através da Agência de Desenvolvimento Econômico do Amapá (Agência Amapá), da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) e outros órgãos, foram essenciais para que, recentemente, a empresa conseguisse expandir a planta de exploração e tratamento de minério.
Antes, explicou Batista, a planta só tinha capacidade de fazer a exploração em ambiente superficial. Com equipamentos mais potentes, a empresa pode extrair material de superfícies mais profundas, como em rochas. “Acabamos de inaugurar essa planta, que nos garante uma estabilidade de produção para os próximos sete anos. O investimento foi na ordem de R$ 80 milhões”, pontuou.
Fábio destacou que o investimento só foi possível com a expansão do consumo de energia elétrica pela empresa, com apoio técnico da CEA. Ele registrou que o consumo total da Beadell é de 13,8 megawatt (MW).
Antes, a empresa utilizava apenas 1,8 MW de energia hidrelétrica (da rede elétrica), todo o restante do consumo era com energia termelétrica (óleo diesel), com custo muito superior e energia instável. O que dificultava a expansão da planta. “Em dois anos de tratativas com a CEA, o consumo de energia hidrelétrica já está em 9 MW. As equipes já trabalham para chegar a 12 MW até janeiro de 2019. A pretensão é de, posteriormente, iniciar as tratativas para chegar a 15 MW, suprindo a necessidade total da produção, sem prejudicar a distribuição de energia para as comunidades da região”, explicou o gerente-geral da Beadell.
Conforme informou Fábio, até o fim de 2018, a Beadell deve produzir cerca de 125 mil onças (medida de produção do ouro). Para o próximo ano, com a nova planta, a produção deve superar 150 mil onças. Cada onça equivale a 31.10 gramas de ouro.
Empregos gerados
Atualmente, segundo dados da mineradora, são gerados 400 empregos diretos na atividade de mineração. Cerca de 85% desse total é de mão de obra local. Além de cerca de 600 funcionários terceirizados de empresas locais, das áreas de manutenção e serviços gerais, por exemplo.
Para o governador, Waldez Góes, esses dados demonstram a importância e o potencial da atividade mineradora no Amapá. “Temos o compromisso de trabalhar para recuperar a credibilidade da atividade mineradora responsável, pois sabemos do potencial local e do desenvolvimento humano, social e econômico que pode proporcionar. Por isso, faremos o possível para tornar o estado mais atrativo a novos investidores desta e de outras áreas, visando sempre o benefício da população”, frisou Góes.
Presente no encontro, a diretora-presidente da Agência Amapá, Tânia Miranda, pontuou que a instituição sempre estará aberta para prestar assistência e apoio ao empreendimento. Ela destacou que, para isso, a agência possui uma Direção de Mineração que, inclusive, trabalha na elaboração do Plano de Mineração do Amapá.
“Da mesma forma que prestamos assistência, também cobraremos da empresa que valorize sempre a mão de obra local, inclusive, já com os contratos e postos de trabalho que poderão ser gerados com a nova planta. E seremos atuantes, também, para que a empresa cobre celeridade ao Departamento Nacional de Produção Mineral [DNPM], na aprovação do projeto que eles possuem para uma reserva no município de Tartarugalzinho”, acrescentou a diretora-presidente.
Certificação
Durante a reunião, o governador Waldez Góes entregou à Beadell o Certificado de Registro no Cadastro Estadual de Controle, Acompanhamento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos Minerais (CERM). O documento é um registro de legalização fiscal da empresa no estado, emitido pela Agência Amapá. Também participaram da reunião, membros da equipe de governo, representando a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e CEA.
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