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O atleta master Alberto Monteiro, de 51 anos, apela por um par de tênis de competição | Fotos: Breno Vinícius
Sociedade

Corredor amapaense que sobreviveu a facadas tenta voltar às pistas

Cleber Barbosa, da Redação

Betral

O corredor de rua Alberto Monteiro, de 51 anos de idade, sobreviveu a um violento ataque durante um assalto em 2015, em Macapá, quando levou duas facadas gravíssimas – uma no rosto e outra no peito – e agora tenta com muitas dificuldades retomar a carreira. Mas nem um tênis decente ele tem e faz um apelo por um patrocínio. O rapaz vive de pequenos bicos como garçom ou mesmo capinando quintais pela cidade, portanto é um perrengue daqueles pagar o aluguel do kitnet onde mora sozinho.

Apesar da idade, ele é um atleta muito respeitado no Amapá, afinal tem no currículo seis participações da São Silvestre, a maior prova de rua do país, que é realizada a cada fim de ano em São Paulo.

Alberto sempre levou uma vida simples, mas além do exemplo que dá como atleta master, demonstra ter um grande coração. Possui dois filhos biológicos e mais quatro adotivos, numa relação que se emociona só em lembrar, apesar de disfarçar dizendo que deu tudo certo. “Estão todos criados, já possuem suas próprias vidas”, diz, resignado.

Falando ao Portal CB, o rapaz disse que pretende correr a II Maratona no Meio do Mundo, dia 10 de março, em Mazagão, uma prova mista que possui vários itinerários – um pela selva – com trajetos que vão de 10, 21, 42 e até 50 quilômetros. “Quero muito correr essa prova, pois voltei a treinar e me garanto”, diz o atleta, que é carinhosamente apelidado de “seca poça” no meio das corridas. Ele diz que tem fôlego para correr até os 55 anos de idade.

A reportagem apurou que um tênis apropriado para corridas, pesa em torno de 130 gramas e custa entre R$ 350 a R$ 400 reais. Alberto calça sapatos com a numeração 40. Seu telefone de contato é o (96) 99161-5339.

Agressão

O assalto em questão aconteceu no dia 29 de setembro de 2015, quando ele trafegava de bicicleta pelo bairro do Buritizal, zona sul de Macapá, momento em que foi abordado por dois homens que exigiram sua bike. Ele diz que não reagiu, mas ainda assim um deles o agrediu com golpes de faca, tendo levado ainda seu celular e sua carteira com alguma quantia em dinheiro. As facadas atingiram o rosto e o peito, mas em pontos muito sensíveis, como a traqueia e próximo ao coração, tanto que chegou a ter uma parada cardíaca. Permaneceu por 45 dias no Hospital de Emergências de Macapá, levou mais de 40 pontos na cirurgia, tendo lutado muito pela vida.

 

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