Cleber Barbosa, da Redação
O acidente que vitimou seis operários no Porto de Santana completou seis anos neste final de semana e o terminal de embarque de minérios segue fora de operações, aumentando as incertezas sobre o setor mineral no Amapá. Mas pelo menos uma notícia serve de alento para os familiares dos trabalhadores que tombaram naquela tragédia, o anúncio da prorrogação por mais cinco anos dos planos de saúde e fundo educacional, mantido pela mineradora Anglo American.
O acordo, porém, teria sido feito extrajudicialmente, diretamente entre representantes da multinacional inglesa e as famílias dos operários, pois nos autos dos processos que tramitavam na Justiça do Trabalho haviam inclusive pareceres do Ministério Público do Trabalho dando conta de um extensão e até mesmo condições melhoradas para essa assistência às viúvas e seus filhos.
O advogado que representava as viúvas nos processos envolvendo a mineradora Anglo American no Amapá não quis se manifestar.
A mineradora sempre negou ter qualquer responsabilidade no acidente, atribuindo o episódio a fenômenos da natureza, e ainda que cumpriu o limite de carga estabelecido no porto. Seis meses depois do acidente, a Anglo American anunciou a venda do chamado “Sistema Amapá”, que envolvia as minas de ferro, porto e concessão ferroviária no Amapá, por US$ 136 milhões (de dólares). A Zamin Ferrous comprou os ativos da empresa inglesa e jamais concluiu as obras de recuperação da área portuária atingida, provocando o agravamento da crise no setor da mineração no Amapá.
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