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O aventureiro Edson Sorrentino anuncia retomada do sonho de percorrer todo o litoral | Fotos: Acervo Pessoal
Turismo

Andarilho quer retomar projeto de percorrer litoral do Chuí a Oiapoque

Cleber Barbosa (Da Redação) e Geraldo Gurgel (MTur)

Betral

Com a mochila nas costas e uma câmera na mão, a meta do bombeiro militar da reserva Edson Sorrentino, 59, era ir do Chuí ao Oiapoque após 500 dias de caminhada, mas o sonho acabou tendo que ser adiado, devido a problemas de saúde. O longo percurso de 4.180 km em linha reta poderia ser feito em cerca de cinco horas de avião ou mais de 100 horas de carro pelos 7.270 km de estradas que ligam os dois extremos do litoral do Brasil. Só que seguindo a sinuosa costa brasileira entre o Chuí (RS) e o Oiapoque (AP), o solitário turista paulistano deveria percorrer cerca de 10 mil km em um ano e meio de caminhada, portanto deveria chegar entre junho e julho deste ano ao Amapá. A longa jornada começou no dia 14 de janeiro de 2018 pelo Chuí, na divisa com o Uruguai, sendo interrompida cerca de um mês depois, antes da divisa com Santa Catarina.

Falando a CleberBarbosa.Net, Edson diz que o sonho não foi abandonado, mas sim adiado. “Fiquei velho e não percebi”, diz, em tom de brincadeira, para explicar ter desenvolvido um problema nos ombros e nos pés na primeira etapa da aventura. Ele diz que o projeto agora será adaptado, pois mantém o sonho de chegar ao Oiapoque, só que desta vez de moto.

Graças ao preparo físico, conquistado com 30 anos de trabalho como bombeiro militar e a experiência de outras caminhadas de longo curso, além de escaladas de montanhas dentro e fora do Brasil, Edson se saiu bem nos primeiros dias de aventura. Ele percorreu cerca de 25 km por dia, carregando na mochila, em média, 20 kg de comida e água, além da barraca de camping. O descanso ocorreria onde ele encontrava acolhida para o pouso. O quando o cansaço exigia uma pausa para se recuperar ainda que o ambiente fosse inóspito. A praia do Cassino com cerca de 200 km de extensão, considerada uma das maiores do mundo foi o trecho mais difícil da caminhada.

Uma das paixões do militar da reserva são as unidades de conservação da natureza ao longo da costa. Nas caminhadas, ele une o roteiro com parques, reservas e áreas de proteção. “Já trabalhei muito. Agora pretendo desfrutar a natureza e fazer a integração das trilhas de longa distância pela costa do Brasil”, ressaltou.

O militar aposentado Edson Sorrentino na primeira etapa da aventura, no Rio Grande do Sul

Outro prazer do andarilho é fotografar faróis e as fortificações que pontilham o litoral de atrativos históricos. Apesar de preparado para viajar sozinho, Edson costuma reencontrar amigos de outras jornadas que normalmente o seguem em alguns trechos e, também, fazer novos companheiros. Para ele, independentemente dos seguidores, a caminhada, além do simbólico significado da partida e da chegada, reserva prazeres e surpresas que só serão descobertos e vivenciados ao longo do caminho.

Como deverá agora virar motociclista de expedição, deverá renovar sua lista de contatos com as novas amizades e parcerias que deverá firmar ao longo da nova aventura, que ainda não tem data para começar.

 

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