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Especialista em educação elabora um artigo com dicas valiosas sobre coronavírus e as crianças em casa | WEB
Saúde

Coronavírus: crianças em casa, o que fazer e o que evitar!

Janaína Spolidorio (*)

Betral

Quando as crianças ficam em casa nas férias cada família tem uma rotina para esta época. Em ocasião do Coronavírus, no entanto, algumas crianças estarão em casa em situação de recesso e outras com “férias adiantadas”, porém não devemos esquecer que é uma situação excepcional e não deve ser encarada como férias nem pela família e nem pela criança.

Por ser algo que nunca enfrentamos de modo tão ávido como está, com crise mundial de saúde, no início a adaptação pode ser difícil para muitos. O mais importante é estabelecer, desde cedo, fronteiras para as crianças, pois elas também precisam entender a situação.

Embora quase não mostrem sintomas e aparentemente sejam mais resistentes ao vírus, as crianças podem portá-lo e transmitir para outras pessoas, especialmente aos idosos.

Por ser uma situação atípica, temos que estabelecer o mais rápido possível, até mesmo para facilitar o convívio com a situação, algumas questões sobre o que devemos e não devemos fazer. Veja a seguir algumas dicas.

Oriente as crianças

Esta é uma questão indiscutível. A criança deve ter consciência que não são férias regulares e ela terá que dar continuidade em algumas rotinas escolares, de modo remoto. Ao conversar com as crianças, explique a importância de manter-se em casa, cuidados de higiene, atualize-as sobre como avança a situação do país em relação ao Coronavírus, ainda que em uma linguagem mais acessível, e tudo isso demonstrando calma e segurança.

Redobre os cuidados higiênicos

Se antes ensinávamos às crianças o “básico” da higiene pessoal, agora todo cuidado é pouco. Lavar as mãos com sabão e caprichando nos detalhes, limpar com frequência a tela de aparelhos eletrônicos como smartphones e tablets, que possuem o uso digital, maior cuidado com objetos de uso pessoal e maior higienização em geral são recomendados.

Controle o tempo de tela

Os smartphones e tablets (TV inclusa na tela!) podem ser prejudiciais se utilizados por muito tempo. Limite o tempo de seu filho nos aparelhos para que não venha a ter problemas depois. Os aparelhos podem causar dependência futura, comportamentos negativos como teimosia e impaciência e até mesmo afetar importantes funções cerebrais da aprendizagem, incluindo concentração, atenção e memória. Pode ser cômodo, no momento, usar o aparelho para entreter a criança, mas no futuro consequências desagradáveis podem surgir.

Monte uma rotina

Esta é a dica de ouro do artigo! As crianças funcionam muito bem com rotinas. Na verdade, na escola, elas são condicionadas a se adaptarem nelas com facilidade. Um exemplo prático é o fato de termos grade de horário para estudar na escola. Desta forma, se desde a primeira semana em casa os pais estabelecerem uma rotina de “recesso” mesclando revisões escolares (essencial sempre ter um elemento escolar na rotina, estando em casa) com tempo livre ou de lazer será mais fácil o controle e a convivência com a criança durante o período de maior isolamento, caso ocorra como nos outros países. Importante não “amolecer” no início. Depois que se adequam na rotina, seguem “de olhos fechados”.

Evite confraternizar

se a intenção é conter o vírus, nada de muito contato com pessoas “de fora”. Em condomínios, por exemplo, evite que seu filho fique na casa dos colegas e vice-versa, procure não fazer reuniões com muitas pessoas, porque o contágio pode acontecer sem que se perceba em ocasiões assim. Mesmo que você não esteja no grupo de maior risco, pode ter contato com pessoas de mais idade ou que possuem problemas de saúde e será problemático para elas.

Evite cumprimentos efusivos

cumprimentar é algo que fazemos sempre e de modo intuitivo. Além de tentar se refrear, oriente a criança a fazer o mesmo. Muitas crianças são muito naturais quando abraçam as colegas ou dão beijinhos carinhosos nos avós. Compreender o motivo de evitar este tipo de comportamento é essencial para que seja possível diminuirmos a possibilidade de contato por esta forma.

A autora

(*) Especialista em educação, Janaína Spolidorio é formada em Letras, com pós-graduação em consciência fonológica e tecnologias aplicadas à educação e MBA em Marketing Digital. Ela atua no segmento educacional há mais de 20 anos e atualmente desenvolve materiais pedagógicos digitais que complementam o ensino dos professores em sala de aula, proporcionando uma melhor aprendizagem por parte dos alunos e atua como influenciadora digital na formação dos profissionais ligados à área de educação.

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