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A expectativa é que A Banda leve 200 mil pessoas para as ruas de Macapá na 3ª feira de Carnaval | GEA/Secom
Cultura

A Banda apresenta novidades para 55º desfile no Carnaval de Macapá

Cleber Barbosa, da Redação

Betral

O general da Banda, José Figueiredo de Souza, o popular Savino, foi ao rádio dar detalhes da programação para a 55ª apresentação do maior blocos de sujos do Carnaval do Amapá este ano. Entre as novidades, o “kit ressaca” e cinco novos bonecos gigantes, que este ano farão homenagens a Amojacy Borges de Alencar, Léo Platon, Antônio Munhoz, Mestre Sacaca e Rainha Alice Gorda.

Devido a mais uma vez não contar com subvenção financeira do poder público, a Banda se reinventa para fazer frente ao custeio. Este ano, por exemplo, o Conselho de Representantes do bloco decidiu que cada pessoa responsável por um boneco tem direito a vender um abadá para ajudar nas despesas de confecção e produção. “A cada ano, os governos municipal e estadual vão diminuindo a possibilidade de manter a ajuda às entidades do Carnaval, mas a nossa melhor fantasia é o sorriso do pobre que a Banda nos deu, a Banda é do povo e o pouco para nós é muito”, diz Savino.

Mesmo sem a transferência de recursos por parte do Governo e Prefeitura, Savino destaca o apoio logístico que o poder público ainda mantém, como a segurança do policiamento ostensivo, os banheiros químicos além da limpeza, organização do trânsito e tudo mais.

Para este ano, estão programados nove trios elétricos no desfile do bloco, dada a tradição de que se tenha para cada boneco um trio elétrico acompanhando a arrastando a multidão. “A Banda se organizou para a cada ano se profissionalizar na administração deste grandioso evento, então com mais de seis meses de antecedência a gente já protocolou os ofícios junto aos órgãos oficiais sobre o nosso planejamento, disponibilizando o projeto de Carnaval para 2020 desde o mês de maio, então agora é o momento apenas de alinharmos os detalhes”, explica Claudio Júnior, da coordenação da Banda.

Origem

José Figueiredo de Souza, o Savino, apresenta programação do desfile deste ano em entrevista na rádio Diário FM | Foto: Joelson Palheta

Savino também relembra a origem da grande folia, que começou em 1965 – meses após a revolução militar – com um grupo de aproximadamente 15 amigos, que já ensaiavam certa rebeldia ao fato do então governador, o general Luiz Mendes da Silva, ter lançado como candidato a deputado federal Janary Nunes, também militar e que havia sido interventor do Amapá quando da criação do Território federal do Amapá. “Ele usava a música A Banda em eventos políticos, então decidimos não só usar a manda como lançar um bloco de carnaval”, recorda. Em meio à proibição da folia paralela, com ameaças até de prisão dos coordenadores, eles resistiram e acabaram por criar aquilo que é considerado o maior bloco de sujos do Norte do Brasil.

Entre os parceiros da Banda, várias entidades como o Curso de medicina da Unifap. Sobre o curioso “kit ressaca” foi uma contribuição da Ong Marias da Esperança.

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