Cleber Barbosa, da Redação
O aeroporto internacional de Macapá, foi arrematado nesta quinta-feira (18) em um leilão de privatizações na Bolsa de Valores de São Paulo, por um valor que surpreendeu pelo fato de haver tido concorrência e valor extra de largada, o chamado ágio – que chegou ao lance final de R$ 125 milhões, num bloco que inclui ainda o aeroporto de Belém (PA). A nova concessionária vai poder operar o terminal de passageiros e de carga por um período de 30 anos.
O certame foi vencido pelo Consórcio Novo Norte, formado pela Socicam e Dix Empreendimentos, que venceu a disputa pelo bloco Norte, que inclui além do Aeroporto Alberto Alcolumbre, de Macapá, o Aeroporto Val de Cans, em Belém. Após uma longa disputa por lances em viva-voz, a empresa ofereceu a outorga de R$ 125 milhões, o que representa um prêmio de 119,78% em relação ao valor mínimo definido em edital.
A companhia superou a proposta da Vinci Airports, que, após o viva-voz, terminou com uma oferta de R$ 115 milhões, ágio de 102,19%.
O contrato, de 30 anos, prevê investimentos (capex) de R$ 875 milhões. Além da outorga fixa inicial oferecida no leilão, haverá o pagamento de outorgas variáveis a partir do quinto ano de concessão. O percentual chegará a 7,09% a partir do nono ano do contrato.
A previsão para 2023 é de uma movimentação de 4 milhões de passageiros nos aeroportos do bloco. Em 2052, a expectativa é que o fluxo chegue a 9 milhões, segundo os estudos de viabilidade.
O comprador
O Blog apurou mais informações sobre as duas parceiras que formaram o consórcio que arrematou o aeroporto amapaense. A Socicam, que tradicionalmente opera terminais rodoviários, passou a operar aeroportos de menor porte nos últimos anos e hoje já é responsável por 24 terminais no país, em sete estados. A pernambucana Dix Empreendimentos já atua em parceria com a Socicam na concessão de 11 aeroportos regionais em São Paulo, conquistada em leilão no ano passado.
Segundo a Anac, os 15 aeroportos que foram leiloados hoje (18) respondem por 15,8% do total do tráfego de passageiros no Brasil, o que equivale a mais de 30 milhões de viajantes por ano.
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