Da Redação
No dia 26 de outubro (terça-feira), o Itaú Cultural faz uma homenagem aos 75 anos de nascimento do cantor Belchior (1946-2017) em seu site www.itaucultural.org.br. Inspirada no verso dele “ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro”, a publicação reúne depoimentos de personalidades importantes da família, da música e do jornalismo cultural para respondem a pergunta: como não morrer no ano que vem? Os convidados falam, ainda, sobre a importância do cantor em suas vidas e para a cultura do Brasil, além de revelarem suas canções preferidas dele.
Autor da biografia Belchior – Apenas um rapaz latino-americano, o jornalista Jotabê Medeiros utiliza uma frase do cantor para tratar do tema dessa efeméride, que diz “no ano que vem, para sobreviver, eu pretendo amar e mudar as coisas, que é o que me interessa mais”.
Já a cantora e compositora Ana Cañas, que definiu Coração Selvagem e Divina Comédia Humana como suas canções preferidas de Belchior, acredita que não morrer no ano que vem é um grito de resistência e celebração, retomando tudo que foi tirado das pessoas durante a pandemia. “Entre lágrimas de reencontros, beijos de carnaval, abraços festivos e catarses musicais, é a vida inflamada novamente. Não morrer no ano que vem é bandeira vacinada do resgate idiossincrático brasileiro, retomando a poesia que nos foi arrancada”, diz a artista, que estreou em 2020 um show com as canções do compositor cearense.
Também fazendo referência ao período da pandemia, o filósofo Jair Barboza conta que “se pensarmos nas doenças despertadas por essa situação, na perda de empregos, no que deixamos de viver, haverá um tipo de morte. Porém, no pensamento do filósofo, não existe morte, na verdade o que existe é a vida. A morte é um aspecto da vida. Sendo assim, a resposta seria que não morremos ano passado, não morremos neste ano e não morreremos no ano que vem”.
A publicação no site do Itaú Cultural divulga, ainda, um depoimento exclusivo de Vannick Belchior, filha do cantor, que iniciou recentemente sua carreira na música, explorando a trajetória do pai pelas memórias dos amigos do cantor e em releituras de alguns dos sucessos de sua carreira.
As canções preferidas de Vannick e dos convidados dessa homenagem ficam disponíveis para ouvir no Spotify do Itaú Cultural, em: https://open.spotify.com/user/
Para conhecer mais a fundo a obra de Belchior, o público pode tem disponível um vasto material no verbete dedicado à sua trajetória, na Enciclopédia Itaú Cultural: https://enciclopedia.
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