Adriana Fernandes, colaboradora
O impacto da pandemia impôs novas demandas às escolas: novos protocolos sanitários, novos modelos de aula e também novos projetos de arquitetura. Alguns exemplos ilustram na prática como deverá ser a nova abordagem da arquitetura de espaços educacionais – muito mais amplos, abertos e funcionais. Em São Paulo, a espaço de 18 mil m² do Colégio Renascença vem servindo de parâmetro para outras instituições de ensino. Por se tratar de uma sede nova, inaugurada em 2018, o projeto assinado pelo arquiteto Jonas Birger e com espaços concebidos pela artista plástica Stela Barbieri, privilegia as áreas ao ar livre e, mediante à nova realidade, facilitará a convivência segura de alunos e professores na retomada presencial.
Salas de aula com espaço aberto, luminoso, com mobiliário flexível, permite gerar diferentes configurações de ocupação, de acordo com a necessidade de cada momento – inclusive na retomada do ano letivo presencial, com o distanciamento seguro entre alunos e professores.
Não apenas por uma questão de conforto térmico, outro fator que ganhará cada vez mais importância é a ventilação dos espaços. O Colégio possui brises de ventilação natural nas quadras, corredores abertos e salas com vidros nos corredores que permitem a entrada de iluminação natural e circulação de ar. O investimento prévio neste tipo de configuração se mostrou essencial para a segurança dos estudantes assim que permitido o retorno.
“O Colégio Renascença já conta com espaços fluidos e flexíveis, fundamentais nessa nova necessidade dos ambientes de aprendizagem. Alunos e professores têm à disposição diversas opções de espaço de estudo no ambiente externo que integram diferentes modalidades de ensino”, explica o professor João Carlos Martins, Diretor-Geral do Colégio Renascença.
Sustentabilidade e as escolas do futuro
O Colégio Renascença conta com um reservatório para 10.000 litros de água de reuso disponível nas torneiras das áreas externas para irrigar jardim e/ou lavar pátios externos. A escola é dotada de painéis solares para aquecimento de chuveiros dos vestiários do ginásio, com capacidade de produção máxima de 180 kwh. Já para a iluminação foram escolhidas lâmpadas de LED que consomem 3 vezes menos energia do que as convencionais.
Em atividade desde 1922, o Renascença buscou os moldes para a sede nas principais escolas ao redor do mundo, visitadas por uma equipe pedagógica que estudou os diferentes modelos durante três anos. O resultado contou com a vivência dos educadores em instituições de Israel, Inglaterra, Espanha, Itália e Finlândia. Como resultado, a escola reabrirá as portas sem a necessidade de grandes investimentos ou mudanças estruturais.
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