Marcelo Portela, NMB
A Mina Tucano Ltda, subsidiária brasileira da canadense Great Panther, iniciou um processo de recuperação judicial na Justiça brasileira. A medida se segue a ação da controlada, que buscou o Judiciário do Canadá em processo de proteção contra credores, o que resultará na retirada das ações da mineradora nas bolsas do país sede e dos EUA.
No caso do Brasil, a recuperação judicial envolve a Mina Tucano e sua acionista Beadell. O processo foi apresentado na Justiça do Rio de Janeiro com o objetivo de “permitir que os devedores tentem reestruturar suas operações e passivos e para enfrentar uma situação de dificuldade financeira”.
Com o processo, as empresas obtêm proteção contra ações de cobrança e execução a fim de “preservar sua liquidez e patrimônio e negociar efetivamente com seus credores” um plano de recuperação “visando maximizar o valor das partes interessadas”.
A companhia ressalta que a Mina Tucano e seus acionistas permanecerão na posse de seus ativos e “continuarão a controlar e administrar o negócio”.
A mina de ouro Tucano, no Amapá, será posta em cuidados e manutenção. Conforme o Notícias de Mineração Brasil (NMB) informou na terça-feira (6), ao anunciar o início do processo de recuperação judicial no Canadá, a Great Panther afirmou que a paralisação da mineração na mina do Amapá é “temporária” e vai ocorrer enquanto a empresa “explora alternativas para maximizar valor”.
A mineradora afirmou que vai continuar a processar estoques atuais da mina, mas rescindiu “diversos contratos relevantes” da operação como parte do processo de recuperação judicial.
Deslistagem
Com a abertura do processo de recuperação judicial na Justiça canadense, a Great Panther teve a negociação de suas ações suspensa pela Bolsa de Valores de Toronto (TSX). A TSX informou à mineradora que há um processo de revisão da elegibilidade para listagem contínua da empresa, com previsão de conclusão na próxima semana.
Além da TSX, a companhia foi notificada pela Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) sobre abertura de processo para retirada do mercado das ações da mineradora, que “não está mais em conformidade com os padrões de listagem estabelecidos” pela instituição. A empresa tem sete dias corridos para recorrer da decisão antes de a deslistagem se tornar definitiva e afirmou que “está avaliando suas opções”.
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