Apesar do respeito da sociedade pelas paradas gays no Brasil, conforme apontou estudo entregue ao governo, o assassinato da população LGBT não para. A cada dois dias, uma morte é denunciada, segundo balanço de 2018 do Disque 100, ouvidoria do governo federal, ao qual o GLOBO teve acesso.
Desde janeiro deste ano, já foram registradas 85 denúncias de assassinatos de gays, lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis. No ano passado inteiro, 193 comunicações chegaram ao Disque 100.
Para o ministro dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha, o ritmo de mortes está aumentando em 2018. Ele informou, por meio da assessoria, que a pasta promove políticas públicas para garantir segurança a essa população.
Na semana passada, o ministério baixou portaria que estabelece o Pacto Nacional contra a LGBTfobia, com medidas como a criação de conselhos e secretarias estaduais LGBT, estruturas de atendimento específico ao público, entre outras ações de conscientização e capacitação de gestores.
As 193 denúncias de assassinato registradas em 2017 fazem parte de um total de 1.720 violações de direitos humanos reportadas ao Disque naquele ano contra a população LGBT. Além do assassinato, o canal registra outros tipos de violência sofridas em função da orientação sexual.
Renata Mariz, O Globo
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