Segundo ele, não haverá déficit, enquanto os gastos com aço já atingiram um pico e desaceleraram, disse Liu em Qingdao, acrescentando que a guerra comercial também pode ser um empecilho.
O minério de ferro atingiu o maior nível em cinco anos em julho após cortes de oferta no primeiro semestre no Brasil e na Austrália, o que desencadeou uma disputa por suprimentos entre as usinas. Desde então, os preços devolveram parte dos ganhos, e há expectativas de novas baixas em 2020 com a redução do déficit.
Tanto o Morgan Stanley quanto o Macquarie classificam o minério de ferro entre suas commodities menos preferidas.“A guerra comercial pode ser uma questão de longo prazo e tem um impacto negativo em todos os países”, disse Liu. Na China, as políticas de restrição do inverno – obrigatórias para a produção de aço com o objetivo de combater a poluição – “são rigorosas e precisamos esperar e ver sua implementação, o que terá um grande impacto no minério de ferro”, disse.
O preço spot de referência foi negociado a US$ 90,80 a tonelada na quinta-feira, depois de atingir US$ 127,15 em julho, de acordo com a Mysteel Global. Em 2019, a média é de cerca de US$ 95, em comparação com menos de US$ 70 em 2018. “Acho que, no próximo ano, os preços do minério de ferro serão semelhantes aos de 2018”, disse Liu.
O mercado transoceânico deverá conseguir um “pequeno superávit” no segundo semestre do próximo ano, com a recuperação da produção da Vale e menor fabricação de aço da China, na avaliação do Morgan Stanley.O governo da Austrália, o maior exportador de minério de ferro do mundo, previu que os preços sem frete incluso (free on board) cairão para US$ 61,40 a tonelada no próximo ano e US$ 57,50 em 2021. Essa perspectiva deve ser atualizada na segunda-feira.
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