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A bucólica Pracuúba, no interior do Amapá, onde não existe aeroporto, sequer pista de pouso | Foto: Arquivo
Turismo

Site de venda oferece voos até para Pracuúba (AP), onde não há aeroporto

Cleber Barbosa, da Redação

Betral

A Internet é terra sem lei, se dizia antigamente. Mas hoje claro que isso não é verdade – embora ainda tenha quem pense o contrário. O fato é que as parcerias comerciais e a busca desesperada por vendas na web, fazem com que os “robôs” de algumas corporações cometam gafes homéricas, como a de um site que prometia passagens aéreas baratas para qualquer lugar do país, saindo até da cidade de Pracuúba, no interior do Amapá, onde não existe aeroporto.

Recorte do anúncio do site de vendas postado no portal da rádio Jovem Pan | Reprodução

A publicação foi encontrada no site da Rádio Jovem Pan, de São Paulo, que claro, nada tem a ver com a oferta de vendas, pois tal anúncio é de alguma parceria comercial com empresas de hospedagem ou impulsionamento na web.

A reportagem entrou em contato com a Divisão de Transporte Aéreo (DITRAER), órgão ligado à Secretaria de Estado dos Transportes do Amapá (SETRAP). O titular é o comandante Carlos Lima, conhecido como Comandante Carlão. Ele confirmou que o município de Tartarugalzinho (AP), de fato, não possui aeroporto. “Sequer existe um aeródromo ou pista de pouso por lá”, disse o especialista. Ele também alertou sobre os riscos das compras pela internet, seja de passagem, ou de qualquer outra coisa. “É preciso checar se o site é de uma empresa idônea”, concluiu Lima.

Riscos

Em Macapá, o portal CleberBarbosa.Net também conversou com a presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagem (ABAV), a empresária Socorro Pereira. Ela diz que empreendedores locais, que integram o chamado Trade Turístico, há muito tempo se esforçam e mantém investimentos para fazer prosperar os negócios do turismo e transformar o Amapá num destino turístico. “Então esse tipo de publicidade negativa pode colocar tudo a perder, pois uma pessoa que procura ou faz planos para viajar ao Amapá e cai numa barca furada dessa pode decidir nunca mais vir e nem recomendar a outras pessoas que o façam”, diz a dirigente.

A representante dos agentes de viagem também alertou para os riscos das compras de viagem ou até pacotes turísticos pela Internet, sem que se conheça a idoneidade de quem anuncia. “A gente recebe muitas denúncias de passageiros ou até de grupos de trabalho ou famílias inteiras que foram atraídas por ofertas de preços muitos baixos e que depois simplesmente não conseguem vagas em hotéis ou simplesmente não embarcam nos voos contratados”, diz a especialista, que reforça a importância de se buscar a assessoria de uma agência de viagem devidamente filiada à ABAV.

 

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