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Para dupla que colocou o Amapá na rota da primeira jornada pela Amazônia, foi um sonho realizado | Cunani
Turismo

Argentinos incluem o Amapá na rota de viagem por novos destinos

Cleber Barbosa, da Redação

Betral

A promoção “Minha Viagem Inesquecível” deste domingo relembra a aventura de uma dupla de turistas argentinos – pai e filho – que decidiram incluir o Amapá em uma longa viagem internacional que o Diário do Amapá conta hoje. O advogado Fabio Penna, 51, e o estudante universitário Bautista Penna, 21, deixaram Mar Del Plata, cidade litorânea a 400 quilômetros de Buenos Aires com o propósito de conhecer o Rio Amazonas. “Queríamos conhecer a Amazônia e em especial o maior rio do mundo”, diz o filho, que já havia editado uma viagem ao lado do pai em 2015, quando foram até o norte da Bolívia e o sul do Peru.
Mas desta vez o propósito era o de conhecer destinos insólitos, lugares novos e pouco conhecidos do grande público. “A gente sabia que a Amazônia brasileira poderia dar tudo isso, por isso decidimos vir pra cá”, explica o acadêmico de direito.

Roteiro

Eles saíram de Buenos Aires e seguiram em voo direto para São Paulo. De lá, uma escala em Brasília e logo depois Macapá. Permaneceram por quatro dias no Estado, quando contaram com a atenção e assessoria da Cunani Receptivos, do guia amapaense Sandro Borges. Logo na chegada, o sonho de conhecer o rio-mar se concretiza, com a contratação de um rivertour pelo maior rio do planeta. “Fomos com eles para a Ilha de Santana, onde realizaram a trilha ecológica e se juntaram a um grupo de 20 pessoas para abraçar a samaumeira gigante de trinta metros de altura”, conta o guia.

E foi exatamente essa exuberância do Amapá, que ostenta ainda o título de estado mais preservado do país, que encantou os turistas argentinos. “Achamos o Amapá um lugar muito natural, apesar de ter uma capital muito moderna, uma cidade muito bem cuidada e com um clima maravilhoso, que nos fez todo dia querer tomar banho na piscina, no rio ou até no chuveiro”, conta Bautista. A dupla diz ter guardado boas recordações de outras atrações visitadas em Macapá, como Marco Zero do Equador, Fortaleza de São José, o que chamam de “centro histórico” e, claro, a orla de Macapá.

Falando à reportagem, o guia Sandro Borges diz que a maioria dos turistas brasileiros ou estrangeiros é mesmo atraída ao Amapá pelo fato de ser por onde passa o Rio Amazonas. “Deveríamos fazer mais ações de marketing sobre ele e assim atrairíamos mais pessoas para cá”, diz o profissional.

“O Amazonas está em constante movimento”, derrete-se o turista 

Se foi o Rio Amazonas o que mais atraiu a dupla de argentinos a visitar o estado do Amapá, a realização deste velho desejo levou os turistas a uma experiência ainda mais intensa com ele, ao singrar o gigante de barco e ter contato com as populações ribeirinha. “Vimos as pessoas que moram às margens do rio, que parece estar em constante movimento, muita vida mesmo, até parece uma avenida, por onde passam embarcações de todo tamanho, o tempo todo”, diz Bautista.
E olha que o lugar onde esses argentinos vivem, Mar Del Plata, ser um dos mais importantes destinos turísticos de seu país, uma cidade com mais de 1 milhão de habitantes e com todos os encantos e o charme de um balneário turístico. “Mas lá faz muito frio quase o ano todo e mesmo quando chega o verão, como agora, o mar ainda tem água fria”, diz o turista. A viagem toda durou duas semanas, e depois de Macapá, os turistas argentinos seguiram de carro para Oiapoque. De lá, a travessia para Saint George, na Guiana Francesa, com uma escala em Paramaribo, capital da Guiana Francesa, num mergulho na desconhecida Amazônia.

‘Percorrer a região Norte é um produto turístico’, diz o guia Sandro 

O guia de turismo Sandro Borges, que também atua na Secretaria Estadual do Turismo, empresas de receptivo atendem esse tipo de demanda, não emitem um só bilhete aéreo, portanto não concorre com as agências de viagem. Ele especializou-se mesmo em ser parceiro dessas empresas, ajudando a tornar mais agradáveis a estada de quem pode nem ter vindo ao estado exatamente para fazer turismo. “A maioria vem ao estado a negócios ou para eventos, então representantes do Trade Turístico local estão incentivando essas pessoas a estenderem a estada entre nós fazendo turismo, percorrendo o rio, visitando nossos monumentos turísticos e lugares como os municípios do interior”, diz ele. E para provar que ao invés de concorrer, esses segmentos se complementam, se consorciam, é comum ver as empresas como a Cunani Turismo reunindo quem tem o barco com quem tem a van, quem tem o chalé com quem tem o ônibus, assim como demais segmentos da cadeia produtiva do turismo, que reúne, hotelaria, gastronomia, transporte, lazer, dentre outros.

Aventura

Toda a exuberância do Amapá, como rincão quase intocável em plena floresta amazônica, está levando os empreendedores a diversificar as opções de lazer e programação turística, incluindo aí os esportes radicais e o turismo de contemplação. “Já estamos levando turistas por exemplo a fazer mergulho, com câmeras especiais para filmar debaixo d’água, tornando essas viagens ainda mais inesquecíveis, diz Sandro.

A Secretaria de Turismo do Amapá mantém cadastro atualizado sobre as empresas, guias corporativos e individuais. O site da Setur é www.portal.ap.gov.br.

Curiosidades

– O rio Amazonas foi descoberto em 1500, por Vicente Yañez Pinzón, que lhe deu o nome de Mar Dulce. Em 1532, Francisco Orellana, homem que fez a primeira descida no rio, trocou o nome para Amazonas.

– O rio nasce na Cordilheira dos Andes, junto ao vulcão Misti, sul do Peru, a 4.000 metros acima do nível do mar.

1.500
Ano do descobrimento do Rio Amazonas, por Vicente Yañez Pinzón.

Na Samaumeira

 

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