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David Milward fazendo pose em pleno Monumento do Marco Zero do Equador, em Macapá
Turismo

Visita de diplomata não resultou em turistas canadenses no Amapá

Cleber Barbosa, da Redação

Betral

Quatro anos após a visita do diplomata canadense David Milward ao Amapá, a título de prospectar futuras viagens de turistas de seu país, nada aconteceu e os visitantes canadenses não vieram. Na verdade, o Amapá até melhorou sua posição no ranking dos estados que mais aumentaram as visitas de turistas internacionais, mas quem mais veio foram franceses e norte-americanos, segundo o Anuário Estatístico do Turismo, divulgado pelo Ministério do Turismo.

Mas não se pode esquecer a simpática figura de David Milward fazendo pose em pleno Monumento do Marco Zero do Equador, em Macapá, um gesto considerado emblemático pelo chamado Trade Turístico do Amapá na ocasião. O fato é que o Cônsul do Canadá no Brasil veio a Macapá projetar negócios turísticos por aqui, um destino ainda pouco conhecido mundo afora, de grande potencial para atrair visitantes de outras partes do planeta, apesar de que no setor ninguém mais aguenta falar só em potencial.

À época daquela visita, Syntia Lamarão, era a titular da Secretaria Estadual do Turismo, e teve contato mais próximo com o representante do Canadá. “O cônsul veio conhecer a nossa infraestrutura e roteiros turísticos para ver como o Estado está preparado para acolher o turista canadense. O que é muito importante, pois estabelecendo essa comunicação poderemos aproximar os nossos países e nossas culturas, mas a preocupação maior era mesmo nossa capacidade de prestar apoio, socorro, enfim”, diz ela.

Reciprocidade
David Milward é um dos três diplomatas canadenses no Brasil. Cada um é responsável por uma região, e a ele cabe as regiões norte e nordeste. Aquela foi a primeira vez que o cônsul visitou o Amapá, pois não havia registros de visitantes canadenses ao estado e David veio conhecer a região a fim de mudar esse quadro. Especialistas dizem que os canadenses também pensam em atrair visitantes para lá. Para cada 71 turistas brasileiros que viajam para fora da América do Sul – foram 5,6 milhões em 2013 – apenas um desembarca no Canadá.

O que o Amapá tem a oferecer aos canadenses

A visita do cônsul do Canadá ao Amapá provoca um verdadeiro frisson no chamado Trade Turístico, colegiado que congrega entidades de classe e segmentos econômicos ligados à cadeia produtiva do turismo no estado. A questão é responder ao seguinte questionamento: O que o Amapá tem a oferecer aos canadenses?
Nira Brito, que é da ABBTur (Associação Brasileira de Bacharéis em Turismo) no Amapá, vale-se de um velho provérbio chinês que diz “cuida de quem está perto que quem está longe se aproxima”. Ela o usa para dizer que com relação ao turismo não existe fórmula mágina não, basta cuidar das cidades locais, seus logradouros, pontos turísticos, acessos e na comunicação visual para que se proporcione qualidade de vida às pessoas, que assim podem convidar outras de fora a visitar sua cidade. “Depois é preciso investir em um plano de marketing turístico para que nosso estado possa ser conhecido como destino turístico”, ensina a especialista.

Milward visitou os principais pontos turísticos de Macapá, como a Fortaleza de São José, o Monumento Marco Zero do Equador, o Estádio Zerão e o Museu Sacaca, recebendo de um guia oficial as orientações acerca de cada ponto turístico da cidade de Macapá. Pela descontração do diplomata no Meio do Mundo, a visita se mostrou reveladora. Mas ele queria saber mais. Esteve com o governador do Amapá, Waldez Góes, bem como com o prefeito de Macapá, Clécio Luiz. Durante a reunião o governador falou sobre as áreas de segurança e saúde, que eram o principal interesse do consulado. Ele também reforçou que esses segmentos são prioridades. O objetivo da visita era saber que estruturas na área da saúde o estado poderia oferecer ao turista canadense. “Precisamos saber de que forma o canadense vai ser atendido no Amapá caso venha visitar ou morar aqui”, declarou David Milward na ocasião.
Em sua mensagem ao ilustre visitante, Waldez disse que “O Amapá está de braços abertos seja para o cidadão brasileiro, canadense ou de qualquer outra nacionalidade e é uma obrigação nossa recebermos bem, esperamos termos futuramente canadenses morando no Estado”, falou o chefe do executivo.

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