Ao lado do governador do Piauí, Wellington Dias (PT) o governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), passa a ser recordista entre os atuais gestores estaduais de todo o país, assumindo o quarto mandato. Ele tomou posse na madrugada desta segunda-feira (01) em concorrida cerimônia no auditório do Sebrae em Macapá – enquanto o Parlamento Estadual segue em obras de reformas. Empossado junto com o vice-governador Jaime Nunes (PROS), o governador reeleito confirmou suas prioridades para os próximos anos, dentre elas o fortalecimento e desenvolvimento da economia amapaense para mais investimentos, prioritariamente, na saúde, segurança pública e educação, num mandato que vai de 2019 a 2022.
Desenvolvimento
Waldez Góes destacou que, no mandato de 2015 a 2018, mesmo sob efeitos da crise, o Estado investiu em importantes condicionantes para fomentar as potencialidades do Amapá, como riquezas florestais, mineração, agricultura e pesca.
Sobre as condicionantes, Góes exemplificou a Base Cartográfica, a Rede Geodésica, o processo de regularização fundiáriaque será conduzido em parceria com o Exército Brasileiro, a Zona Franca Verde de Macapá e Santana, o Programa Tesouro Verde, o Zoneamento Econômico e Ecológico e o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Esses dois últimos serão executados em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Estes projetos, segundo Góes, tiveram reflexos positivos, por exemplo, nas tratativas com o Banco da Amazônia para a destinação de mais de R$ 450 mil em investimentos para atividades produtivas.
“Para fazer melhores políticas públicas, precisamos gerar oportunidades, riquezas. E isso se faz gerando negócios, emprego e renda. Queremos nos valer de todas as providências dessas condicionantes para desenvolver as cadeias produtivas, industrializar o Amapá, gerar mais arrecadação e, assim, mais recurso para investir nas áreas sociais prioritárias, como saúde, segurança e educação”, frisou o governador.
Ele ainda mencionou outras políticas de incentivos para que empresas se instalem no Amapá, como a isenção de impostos sob equipamentos e outros bens imobilizados.
Investimentos
Na educação, o governador anunciou a continuidade da implantação de escolas militares e de tempo integral, investindo na melhoria e ampliação da rede física, incluindo a climatização das salas de aulas.
Novos serviços inovadores também serão lançados, como o Super Fácil da Educação, mais um elemento de valorização de toda a comunidade escolar e de apoio ao processo de ensino-aprendizagem.
“Com ações como essas, temos convicção de que alcançaremos resultados extraordinários na educação, setor fundamental para o desenvolvimento do Amapá”, complementou Waldez Góes.
Na saúde, Waldez destacou o compromisso em implantar uma nova unidade estadual de urgência e emergência, e a aquisição de um helicóptero exclusivo para atendimentos das demandas do setor.
Novos modelos de gestão como o adotado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Sul – gerenciada por uma Organização Social de Saúde (OSS) – também serão priorizados. O modelo deve ser adotado na Maternidade Bem Nascer, que deve ser inaugurada na zona norte de Macapá.
Na segurança pública, deverá ser potencializado o já bem articulado processo de integração, cooperação e inteligência dos órgãos estaduais do setor, incluindo instâncias do poder público municipal e federal.
“Nosso plano contempla a construção de novos quarteis da PM [Polícia Militar] e dos bombeiros, da nova penitenciária e da sede da Politec [Polícia Técnico-Científica], em Santana, entre outras obras. Também vamos realizar novos concursos públicos, comprar mais equipamentos e viaturas, fazendo as forças de segurança cada vez mais presentes em todos os municípios”, frisou Waldez Góes.
Parceria público-privada
O vice-governador do Amapá, Jaime Nunes, enfatizou que uma estratégia para gerar mais emprego e renda, será a aproximação público-privada. “Somos gestores com diferentes expertises que, integradas, vão gerar mais oportunidades em todos os setores. Queremos, ainda, interligar o Amapá a regiões vizinhas como o Pará, o Platô das Guianas, através de parcerias, de acordo com nossas potencialidades, para melhorar a vida dos amapaenses com mais oportunidades”, considerou Jaime Nunes.
Programas sociais
O objetivo do governo também é fortalecer os programas sociais. O Amapá Jovem, por exemplo, será ampliado, chegando a 20 mil inscritos. O programa Luz Para Todos será continuado e o Luz Para Viver Melhor, será retomado. Por meio desse último, o Estado vai custear o consumo de energia elétrica para famílias de baixa renda.
Responsabilidade fiscal
O ajuste fiscal do Estado, afirmou Góes, continuará sendo permanente. As medidas já começam a ser adotadas. “Abro o novo mandato com um decreto sendo publicado, requerendo uma série de providencias por parte dos meus colaboradores, de contenção de despesas, diminuição de cargos de confiança, contratos administrativos e continuados. Nosso objetivo é melhorar a eficiência do Estado na aplicação dos recursos. Primamos pela responsabilidade fiscal para o desenvolvimento do Amapá”, registrou o governador.
O diálogo permanente com os servidores, Poderes e sociedade, prosseguirão. Góes exemplificou o Conselho de Gestão Fiscal como uma importante ferramenta de controle e transparência da administração.
A coerência e a experiência de Waldez e Jaime foram destacadas pelo presidente do Legislativo do Amapá, deputado Kaká Barbosa. “São gestores que mostram responsabilidade com o povo amapaense. Waldez pela quarta vez como governador. Jaime, um grande empreendedor. São estadistas que buscam harmonia e parcerias com os mais diversos atores. Vamos prosseguir somando forças para tornar o Amapá ainda melhor para se viver”, externou Kaká Barbosa.
Reeleição
Waldez Góes venceu com 52,35% o segundo turno das Eleições Gerais de 2018, chegando a mais de 191,7 mil votos válidos. O adversário, João Capiberibe (PSB), foi derrotado com 47,65% dos votos. Além do mandato atual, iniciado em 2015, Waldez já esteve à frente do Executivo Estadual de 2003 a 2006, e de 2007 a 2010. Em abril de 2010, se desincompatibilizou do cargo para concorrer a uma vaga no Senado Federal.
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